A morte do pensar
Não sei,
Nem escuto,
sequer balbucio:
eis enfim,
minha falavra,
imenso
e farto Vazio!
Carlos
Willian Leite
O atrevido pensamento que cai
Toca o papel:
Torna-se tocável:
Tocável pelos dedos alheios;
Tocável pelas retinas atrevidas;
Tocável por outros pensamentos:
Vis,
Que lhe matarão
E porão sua alma
Em prisões infernais.
O atrevido pensamento que cai
Toca o papel:
Imagina-se tocando as portas da
vida.
O atrevido pensamento que cai
Toca o papel:
Toca-o,
Por vezes: leve
Por vezes: bruscamente,
Mas toca-o.
O atrevido pensamento que cai
Toca o papel e morre
instantaneamente.
(Isaias Martins)
Muito bom, meu professor preferido!!!Senti-me tocada por esse pensamento que toca o papel, os dedos, as retinas, outros pensamentos e principalmente "as portas da vida" desfrutei de uma sensação conotativa que depois levou-me para a denotação.Abraço!
ResponderExcluirMuito bom esse "pensamento que cai" tocando/transformando coisas e a si mesmo. É um pensamento meio tribalista esse "pensamento que cai/Toca o papel e morre instantaneamente". O pensamento fugaz que efemeramente toca a efemeridade da vida, dele papel e do tocado, vida.
ResponderExcluirLindo e maravilhoso. Adorei!